A assembleia geral extraordinária da Federação Portuguesa de Judo aprovou quase por unanimidade a destituição de Jorge Fernandes, o presidente da federação.
45 delegados votaram favoravelmente à destituição, com 1 abstenção e 0 votos contra, confirma a Federação de Judo em comunicado.
Depois do aviso do IPDJ, havia “risco de suspensão do Estatuto de Utilidade Pública Relativa” da Federação.
A data para as eleições antecipadas vai ser anunciada em breve.
Apesar da destituição, Jorge Fernandes já prometeu recandidatar-se.
Jorge Fernandes viu-se envolvido, nos últimos meses, em várias polémicas, em especial com um grupo de atletas olímpicos. No entanto, a destituição nem está relacionada com as queixas dos judocas.
Na sequência de um inquérito a incompatibilidades feito pelo IPDJ, o dirigente deverá perder o mandato com base no artigo 51.º do Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD) por “inelegibilidade, incompatibilidade ou por terem intervenção em contrato no qual tenham interesse”.
Segundo fonte do IPDJ, citada pela Lusa, em causa está, entre outros factos, o exercício de funções por Jorge Fernandes no Judo Clube de Coimbra, que foi alvo de uma queixa por parte da Associação de Judo de Castelo Branco.
A polémica relacionada com o presidente da Federação de Judo viu a luz do dia a 11 de agosto quando um grupo de sete atletas olímpicos (Telma Monteiro, Catarina Costa, Bárbara Timo, Rochele Nunes, Patrícia Sampaio e Anri Egutidze) escreveu uma carta aberta em que acusa Jorge Fernandes de opressão, discriminação e ameaças, que tornava o ambiente na seleção “insustentável e tóxico”.