O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta quarta-feira que não foi a Ucrânia que deu início à guerra, mas que será o seu país a terminá-la, num aviso em Davos de que a "tirania avança com maior velocidade do que as democracias".
Em discurso por videoconferência no Fórum Económico Mundial, Zelensky exigiu "maior rapidez" na tomada de decisões, referindo que o mundo irá derrotar Vladimir Putin, o presidente russo.
“A história repete-se. O mundo ou não reconhece ou subestima uma ameaça, depois une-se para resistir e vencer, sempre”, disse, usando como exemplo a relutância da Alemanha na autorização a entrega de tanques Leopard à Ucrânia.
Zelenksy indicou que a "Rússia precisou de menos de um segundo para começar a guerra”, mas que o resto do mundo “precisou de dias para reagir com as primeiras sanções”, lembrando que no passado o mundo também “hesitou” em reagir a ações "sem hesitação" por parte de Moscovo, como a ocupação da Crimeia.
“Não fomos nós que começámos a guerra mas seremos nós a terminá-la”, disse, agradecendo a ajuda de outros países desde o início do conflito.
No início da sua intervenção em Davos, Zelensky pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da queda de um helicóptero militar próximo de um infantário em Kiev, em que pelo menos 18 pessoas morreram, incluindo três crianças.
O helicóptero transportava o ministro do Interior ucraniano, Denys Monastyrsky, que morreu no acidente, tal como o vice-ministro e o secretário de Estado.
As causas do acidente, que fez ainda 29 feridos, estão a ser investigadas.