​Fenprof sente Governo mais próximo, mas plano para resolver falta de professores é de “vistas curtas”
31-07-2024 - 11:07
 • Cristina Nascimento

Na segunda ronda negocial sobre o plano “Mais Aulas, Mais Sucesso”, o Ministério da Educação admitiu ainda que existiram problemas no concurso que impediu a colocação ou vinculação de cerca de 200 professores.

Os professores que já têm 40 anos de descontos vão poder receber o suplemento para continuarem a dar aulas nos próximos anos letivos.

Esta é uma aproximação do Governo aos sindicatos, alcançada na segunda ronda negocial com o Ministério da Educação.

A primeira proposta previa que os professores só teriam direito ao suplemento de 750 euros se já tivessem atingido a idade legal para a reforma, além dos 40 anos de desconto.

Apesar deste avanço, o secretário-geral adjunto da Fenprof, José Feliciano Costa, diz que as medidas do Governo para resolver, no imediato, a falta de professores “carecem de ter ido mais longe”.

“Entendemos que é um plano de vistas curtas, ou seja, mesmo este chamado plano de emergência precisava de incentivos à habitação, de incentivos à deslocação, de um conjunto de incentivos que, de facto, não aparecem”, acrescenta.

A Fenprof conclui, assim, que o plano “não vai resolver o problema” da falta de docentes.

Durante a reunião foi também abordada algumas questões relativamente a cerca de 200 docentes que apesar de terem condições para vincularem ou obterem colocação ficaram de fora das colocações.

A Fenprof diz que o Ministério assumiu ter existido um problema e que os docentes serão contactados para verem resolvidas as suas colocações.