Especialistas de 11 países europeus e representantes da União Europeia e da ONU realizaram hoje a primeira reunião para criar um tribunal internacional para julgar jihadistas que combateram com o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Os resultados deste encontro realizado em Estocolmo, Suécia, vão ser apresentados na sexta-feira no final de uma reunião dos ministros do Interior da União Europeia, indicou o ministro sueco do Interior, Mikael Damberg.
Damberg elogiou o "grande e crescente interesse" internacional pela iniciativa que reuniu especialistas da Noruega, Finlândia, Dinamarca, Áustria, Alemanha, Bélgica, Holanda, França, Suíça e Reino Unido, além da Suécia.
O ministro sueco do Interior também revelou que o Governo holandês tem previsto convocar uma conferência internacional sobre o assunto em setembro, em Nova Iorque, coincidindo com a realização da assembleia-geral das Nações Unidas (ONU).
Para Mikael Damberg, a criação de um tribunal internacional na zona de conflito permitiria "estar mais perto das provas e assegurar testemunhos, o que resultaria em mais sentenças".
Esse tribunal internacional teria que ter a aprovação do Conselho de Segurança da ONU e a sua eventual localização é ainda uma incógnita.
Vários países, como a Alemanha ou a Suécia, assim como a Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu, defenderam o interesse de criar um tribunal internacional para julgar os jihadistas que combateram com o grupo Estado Islâmico.