O Ministério Público abriu um inquérito-crime à montaria da herdade da Torre Bela, no concelho da Azambuja, onde recentemente foram abatidos 540 animais durante uma caçada.
“Confirma-se a instauração de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa Norte (Alenquer)”, respondeu, esta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República à agência Lusa.
O Instituto da Conservação da Natureza já tinha aberto um processo para averiguar “os factos ocorridos e eventuais ilícitos” relacionados com o abate dos animais, a maioria veados e javalis e suspendeu a licença da Zona de Caça da Torre Bela.
Segundo o jornal "online" O Fundamental, que divulgou o abate no dia 20, o mesmo foi “publicitado” nas redes sociais “por alguns dos 16 ‘caçadores’ que terão participado” na iniciativa.
A Herdade da Torre Bela já descartou responsabilidades no sucedido, repudiando a forma “ilegítima” como decorreu uma montaria na sua propriedade, e pondera recorrer à justiça para ser ressarcida dos prejuízos causados.
O ministro do Ambiente repudiou o abate dos animais, admitindo uma revisão da Lei da Caça, designadamente no que diz respeito às montarias, e decidiu suspender de imediato a avaliação de impacte ambiental do projeto das centrais fotovoltaicas para a Quinta da Torre Bela.