Os Bancos Alimentares contra a Fome recolheram 1.695 toneladas de alimentos, durante o fim de semana em que decorreu a campanha nacional, disse, esta segunda-feira, a presidente da organização, Isabel Jonet.
"Fizemos mais 72 toneladas do que em maio de 2019, mais 4,4%, apesar do aumento dos preços" dos alimentos, no contexto atual, afirmou à Lusa Isabel Jonet, sublinhando "um resultado extraordinário".
"Os portugueses são extraordinários. É comovente", salientou.
Os alimentos recolhidos vão começar a ser distribuídos já a partir da próxima semana, contribuindo para ajudar a suprir as necessidades alimentares de cerca de 400 mil pessoas, apoiadas por 2.600 instituições, quer através de cabazes de alimentos, quer através de refeições confecionadas servidas em lares, creches, apoio domiciliário, cantinas sociais, entre outro, indicou a responsável, em comunicado.
Os alimentos mais doados foram produtos não perecíveis, como leite, arroz, azeite, massas, açúcar, cereais de pequeno almoço, bolachas, grão e feijão, acrescentou.
Quanto aos pedidos de ajuda, Isabel Jonet disse estarem a aumentar, "não só por parte das pessoas, como por parte das instituições, porque muitas ainda não viram renegociados os seus acordos com a Segurança Social e têm que dar a resposta nas valências de lares e de creches, a fazer a comida, e está tudo mais caro".
A recolha de alimentos promovida pelos Bancos Alimentares regressou neste fim de semana aos supermercados, na primeira campanha depois do confinamento imposto pela pandemia da covid-19, envolvendo cerca de 40 mil voluntários.
Até 05 de junho, decorre também a campanha "Ajuda de Vale", com vales disponíveis em todos os supermercados, cada um com um código de barras específico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo valor é acrescentado no ato do pagamento, ou no 'site' www.alimentestaideia.pt, um portal de doações 'online'.