A uma semana da abertura do ano lectivo, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) diz que há milhares de professores que continuam sem colocação nas escolas.
“Apesar de as escolas necessitarem de professores para concretizar os seus projectos e desenvolver, com qualidade, toda a actividade a que se propõem, o actual Governo continua a desperdiçar milhares de jovens professores que, com elevada qualificação, se mantêm desempregados”, lamentou o sindicalista.
“Desta forma, não só não desagrava a terrível chaga do desemprego docente, como impede que as escolas, cujo o corpo docente está reconhecidamente envelhecido, se rejuvenesça”, argumentou Nogueira, esta sexta-feira, em conferência de imprensa.
Mário Nogueira acusa, assim, o Governo de desperdiçar o talento de milhares de professores que fazem falta nas escolas.
“No ano lectivo transacto, o Ministério da Educação colocou no âmbito da contratação inicial 7.305 professores, dos quais 4.673 em horários completos. Este ano, em horários completos apenas colocou 2.365 professores”, sublinha o líder da Fenprof.
O Ministério da Educação publicou, na semana passada, a lista de colocação de professores contratados para o novo ano lectivo.
"No ano em que vincularam mais de três mil docentes, que passaram de contratados para efectivos, os horários indicados pelas escolas foram, na sua grande maioria, preenchidos por estes professores", assinalou o gabinete do ministro Tiago Brandão Rodrigues.
Dos quase 14 mil horários anuais e completos pedidos pelas escolas, mais de 2.300 foram ocupados por professores contratados e os restantes por professores do quadro.