Oscar Pistorius, atleta paralímpico que matou a noiva na madrugada de 14 de fevereiro de 2013, não vai sair da prisão em liberdade condicional.

O tribunal considerou que o ex-atleta, hoje com 36 anos idade, ainda não cumpriu tempo de cadeia suficiente para estar elegível para fazer o pedido de liberdade condicional. Pistorius está a cumprir, desde 2014, uma pena de 13 anos de cadeia.

Oscar Pistorius tem de cumprir mais um ano e meio antes de poder fazer o pedido de liberdade condicional. A audiência tinha sido marcada pelos advogados do ex-atleta, mas ninguém sequer chegou a ser ouvido.

Na verdade, a audiência não deveria sequer ter sido agendada, concluiu o tribunal.

A confusão decorre de diferenças na interpretação do tempo já cumprido por Pistorius, que esteve um período de tempo fora da prisão devido aos recursos apresentados e outro período em prisão domiciliária.

A mãe de Reeva Steenkamp, em declarações à imprensa antes da entrada para o tribunal, "não acredita que Oscar Pistorius esteja arrependido ou reabilitado" do crime que cometeu.

Pistorius, atleta paralímpico e olímpico, de 31 anos, matou a noiva na madrugada de 14 de fevereiro de 2013, na residência do casal, em Pretoria, com quatro tiros, através da porta fechada da casa de banho.

O velocista alegou pensar que havia um assaltante no local. O atleta foi inicialmente condenado a cinco anos de prisão, e, após recurso da acusação, a pena foi aumentada, em 2016, para seis anos, que a acusação voltou a considerar de "escandalosamente leve".

O Ministério Público pediu o aumento da pena para 15 anos e o tribunal acabou por definir a pena final para 13 anos e cinco meses, mais do dobro da inicial.

Oscar Pistorius foi o primeiro atleta olímpico e paralímpico a competir de forma simultânea com atletas sem deficiência. O antigo atleta venceu quatro medalhas de ouro nos Paralímpicos, uma em Atenas 2004 e três em Pequim 2008. Acrescentou ainda uma medalha de prata em Londres 2012 e uma de bronze em Atenas 2004.