Os países da NATO identificaram sistemas de defesa antiaérea que podem ser disponibilizados à Ucrânia e anunciados dentro em breve, afirmou esta sexta-feira o secretário-geral da organização.
"O Presidente [Volodymyr] Zelensky atualizou-nos sobre os desenvolvimentos no conflito, incluindo as necessidades críticas de defesa antiaérea (...), a Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO] mapeou as capacidades existentes em diferentes países e há sistemas que podem ser disponibilizados", disse Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa, na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas.
"Espero anúncios sobre capacidades de defesa antiaérea em breve", admitiu o representante, no final de uma reunião ministerial do Conselho NATO-Ucrânia, organismo criado há quase um ano para aproximar Kiev da Aliança Atlântica, enquanto a adesão do país à organização ainda não tem um calendário traçado.
O Presidente da Ucrânia reforçou nas últimas semanas o pedido por sistemas de defesa antiaérea por causa das sucessivas investidas de Moscovo com recurso a mísseis e 'drones' (aeronaves não tripuladas) contra infraestruturas civis e militares ucranianas.
A Alemanha anunciou recentemente que vai enviar mais um MIM-104 Patriot para o país invadido pela Rússia há mais de dois anos, mas o secretário-geral da NATO disse que "há outros" sistemas disponíveis.
Jens Stoltenberg também disse esperar "sem demoras" a aprovação do pacote de apoio por parte dos Estados Unidos, já que o Congresso norte-americano deu um sinal nesse sentido.
Está anunciada para sábado uma votação na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso, de maioria republicana) que poderá ditar o desbloqueamento de um pacote de ajuda no valor de 60 mil milhões de dólares (mais de 56 mil milhões de euros).
Kiev considera essa ajuda como crítica para combater a invasão russa.