Não deu em nada a reunião com o Ministério da Educação. “Acabámos de esbarrar numa parede de intransigência e de inflexibilidade”, afirma o líder da Fenprof, à saída do encontro.
“Um muro, verdadeiramente, de intransigência e de inflexibilidade de alguém que tem uma posição e que não sai dela”, acrescenta nas declarações aos jornalistas.
Na opinião de Mário Nogueira, o Governo assumiu as negociações como um braço de ferro.
“Já se percebeu que o que leva o Governo a não sair da sua posição de apagar seis anos e meio de tempo de serviço aos professores não tem a ver com a questão da justiça, não tem a ver com a questão da lei, tem a ver com uma coisa que foi dito ali pela senhora secretária de Estado Adjunta e da Educação: é que o Governo considerar o tempo de serviço dos professores seria uma cedência. E, portanto, o Governo neste momento coloca isto como, de facto, um braço de ferro”, sustenta.
Mantendo-se o impasse, os professores prometem continuar a luta pela contagem dos nove anos, quatro meses e dois dias do tempo congelado e a plataforma dos 10 sindicatos do setor vai reunir-se durante a tarde para definir os próximos protestos.
Para a mesa das negociações, a Fenprof levou uma proposta para a recuperação total da carreira congelada no prazo de sete anos. “É uma recuperação até 2025, que possa ter, por opção dos professores, implicação na aposentação”, afirmou o sindicalista Mário Nogueira antes da reunão.