O comentador da Renascença João Duque considera que a oferta de taxas fixas às famílias “não é novidade nenhuma”. Importa, sublinha o economista, saber quanto vão custar aos portugueses.
“Às famílias não interessa saber se existem taxas fixas, mas se vão ser oferecidas”, aponta. “Duvido que o ministro das finanças tenha condições para manipular aquilo que é capacidade de oferta da banca portuguesa”, antecipa o comentador d`As Três da Manhã.
Outra questão, lembra João Duque, é quem vai compensar os bancos pelas eventuais limitações na subida das taxas de juro para as famílias que estão em divida.
“E quem paga? O Orçamento? Alguém tem de pagar no fim. Essa é a questão que a Associação de Bancos Portugueses coloca ao ministro das finanças e que tem de resolver”, alerta.
O Governo vai alargar o regime de apoio à bonificação do crédito habitação a mais famílias e quer que a banca ofereça taxa fixa a quem já tem créditos.
As medidas foram anunciadas, em entrevista ao jornal Publico, por Fernando Medina para fazer face a uma nova subida dos juros. Um aumento que, para João Duque, é expectável que não se fique apenas pelo “imediato”. “É muito possível, que, ainda, subam mais este ano”, alerta.
Quanto ao IRS, João Duque garante que “há espaço” para uma descida avaliar pela “arrecadação da receita fiscal deste ano”. “Estamos a ter receitas absolutamente extraordinárias”, sublinha. A questão é saber se “eles (o governo) as utilizam”.