A visita de Donald Trump a Israel durou 27 horas. Talvez por isso a mensagem que deixou no “livro de visitas” do Museu e Memorial do Holocausto seja tão breve. Bem diferente daquela que o seu antecessor, ainda como senador, deixou quando visitou o local.
Escreveu Trump: “É uma grande honra estar aqui com todos os meus amigos. Tão fantástico. Nunca vou esquecer!”
Já Barack Obama escreveu: “Estou grato a Yad Vashem e a todos os responsáveis por esta instituição notável. Neste tempo de perigos e promessas, de guerras e contendas, somos abençoados em ter um tão poderoso lembrete de quão maléfico pode ser o homem, mas também da sua capacidade de se reerguer da tragédia e reconstruir o nosso mundo. Que as nossas crianças possam aqui vir e conhecer esta história, para que possam juntar as suas vozes na defesa do ‘nunca mais’. E que possamos recordar aqueles que pereceram, não apenas como vítimas, mas também como indivíduos que sonhavam, desejavam e amavam como nós, e que se tornaram símbolos do espírito humano”.
A mensagem de Obama foi escrita em 2008, quando concorria à Presidência dos EUA e era senador do Illinois. Mais tarde, em 2013, já como Presidente, voltou a Yad Vashem, onde se demorou uma hora e proferiu um discurso emotivo.
A hora mais negra da história
Na terça-feira, Donald Trump também discursou no Yad Vashem, apelando a que o horror do Holocausto não seja esquecido.
“Milhões de vidas de crianças, mulheres e homens foram eliminadas como parte de uma tentativa sistemática de eliminação do povo judeu. É nosso dever solene lembrar, chorar e honrar cada uma dessas vidas, tão cruelmente eliminada”, afirmou.
O Presidente norte-americano classificou ainda o Holocausto como “a hora mais negra da História”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu depois o discurso de Trump, que “em tão poucas palavras disse tanto”.
Em 2008, o então Presidente George W. Bush também visitou Yad Vashem, deixando no “livro de visitas” uma mensagem de apenas três palavras: “Deus abençoe Israel”.