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O risco de morte por Covid-19 é “três a sete vezes menor” nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas não vacinadas, indica o relatório das linhas vermelhas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), divulgado esta sexta-feira.
O documento explica que informação sobre o risco de morte, que é medido através da letalidade por estado vacinal, é referente a julho, mês com os dados consolidados mais recentes.
O INSA adianta que, no mês de agosto, morreram 96 pessoas com Covid-19 que tinham a vacinação completa contra a doença (50%). Foram registados 63 óbitos (40%) em pessoas não vacinadas e 18 óbitos (10%) em pessoas com vacinação incompleta.
“A população mais vulnerável encontra-se quase totalmente vacinada, pelo que é esperado que a proporção de casos com esquema vacinal completo no total de óbitos aumente”, sublinha o relatório das linhas vermelhas.
Internamento de vacinados foi de 0,4%
O Instituto Ricardo Jorge refere que, desde o início do processo de vacinação, foram identificados 29.373 casos de infeção por SARS-CoV-2 entre as mais de 6,8 milhões de pessoas com vacinação completa há mais de 14 dias, o equivalente a 0,4% deste universo.
Entre estas pessoas infetadas, 303 (1%) foram internadas com diagnóstico principal de Covid-19 e 100 foram internadas com diagnóstico secundário da doença.
“Mais de metade (59%) das pessoas internadas com diagnóstico principal de Covid-19 tinham mais de 80 anos”, de acordo com o relatório.
Entre 1 e 30 de junho de 2021, os casos com esquema vacinal completo "apresentaram um risco de hospitalização cerca de cinco a dez vezes inferior aos casos não vacinados".
“Entre os 29.373 casos de infeção por SARS-CoV-2 em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19 há mais de 14 dias, registaram-se 309 óbitos por Covid-19 (1,1%), dos quais 239 óbitos (77,3%) em pessoas com mais de 80 anos”, segundo o relatório das linhas vermelhas.
Pandemia com tendência "estável a decrescente"
O número de novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 294 casos, com "tendência estável a decrescente a nível nacional", pode ler-se no documento do INSA.
Apenas no Algarve se observa uma "incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes (635)".
O número de casos de Covid em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma "tendência estável a decrescente, correspondendo a 55% (na semana anterior foi de 59%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas".
Nos últimos 14 dias, a mortalidade devido a Covid-19 foi de 14,6 óbitos por 1 milhão de habitantes, apresentando uma "tendência estável a decrescente".
A variante Delta é a dominante em todas as regiões de Portugal, com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados na semana de 16 a 22 de agosto em Portugal.
O secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, disse hoje que Portugal "está muito perto" de atingir os 75% de população totalmente vacinada, sendo que perto de 85% já tem a primeira dose.
Por seu lado, a "task force" da vacinação contra a covid-19 apelou a quem ainda não recebeu a primeira dose que recorra aos centros de vacinação, que estão a funcionar em “casa aberta” sem restrições de idade ou local de residência.
Nas últimas 24 horas, Portugal registou mais seis mortos e 1.882 infetados com Covid-19. Os dados são avançados pelo boletim diário da Direção-Geral da Saúde. O documento aponta ainda para uma redução do R, da incidência, do número de internados e de casos ativos.
Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.044.144 casos da doença, das quais 17.772 acabaram por morrer e 983.063 conseguiram recuperar.