A viagem de Francisco às terras de Gengis Khan é um acontecimento histórico. É a primeira vez que um Papa visita a Mongólia, cuja população total, na sua maioria nómada, não chega aos 3,5 milhões.
Os católicos são apenas 0,04% da população, ou seja, um pequeno rebanho de 1.400 batizados inseridos numa Igreja jovem, que só ressurgiu no território em 1992, após a queda do regime soviético.
O objetivo desta visita de quatro dias, com o tema “Caminhar juntos”, é encontrar e confortar estes fiéis que muitos ignoram, mas não são esquecidos pelo “Papa das periferias”.
No consistório do ano passado, Francisco criou cardeal o jovem missionário da Consolata, Giorgio Marengo, bispo de Ulan-Bator, então com apenas 48 anos e que agora o acolhe quando aterrar na capital, nesta sexta-feira, 1 de setembro.
Considerando, no entanto, a idade do Papa, as longas horas de voo até Ulan-Bator e a diferença de fuso horário (seis horas mais tarde na Mongólia, em relação a Roma), toda esta sexta-feira será dedicada ao descanso da viagem.
A agenda do Papa inclui, no sábado, o habitual encontro com as autoridades do país e, depois, com os membros da Igreja local; destaque no dia seguinte para o encontro ecuménico e inter-religioso, no Teatro da cidade, que reunirá representantes budistas, hindus, bahais, xamanistas, muçulmanos, judeus e cristãos evangélicos.
Na missa que Francisco celebra no Palácio do Gelo, também domingo à tarde, prevê-se a participação de 2.500 fiéis, com muitos católicos dos países vizinhos, nomeadamente da Rússia, da China e Macau, da Coreia do Sul e do Quirguistão.