O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu esta terça-feira, por unanimidade, manter a caução de 300 mil euros aplicada ao antigo ministro Vara no âmbito da Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
A informação foi dada por fonte do TRL à Lusa. A mesma fonte acrescentou que a Relação de Lisboa considerou improcedente o recurso interposto pela defesa de Armando Vara.
A defesa de Armando Vara contestou a caução de 300 mil euros que lhe foi aplicada no âmbito da Operação Marquês. Os advogados do ex-ministro socialista e antigo administrador da CGD recorreram da medida de coacção que lhe foi aplicada quando deixou de estar em prisão domiciliária, com pulseira electrónica.
No recurso, que seguiu em Novembro para o Tribunal da Relação de Lisboa, a defesa do arguido considera que a caução de 300 mil euros é astronómica e entende tratar-se de uma medida ilegal, inconstitucional e pouco fundamentada.
Armando Vara foi detido a 9 de Julho de 2015 e é suspeito de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção passiva.
Vara esteve em prisão domiciliária com pulseira electrónica e agora está em liberdade, mediante caução.
A Operação Marquês já conta com mais de uma dezena de arguidos, entre os quais José Sócrates, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito.