Brasil. Governo já tem plano de recuperação do Museu Nacional
04-09-2018 - 11:35

Executivo brasileiro vai gastar cerca de três milhões de euros no projeto de recuperação do Museu Nacional.

Em comunicado publicado online, o Governo brasileiro anunciou que irá formar um comité executivo para a recuperação do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e aplicar 15 milhões de reais (cerca de três milhões de euros) no projeto de recuperação do Museu Nacional, destruído por um incêndio no domingo.

Segundo o comunicado, do valor destinado à recuperação, dois terços irão para a segurança do local, reforço das estruturas e da contenção e resgate de parte do acervo, e o restante para a criação de um projeto executivo de restauração da entidade.

De acordo com o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o plano divide-se em quatro etapas: a primeira é a proteção da estrutura física do museu e do acervo, onde estão a ser identificadas as obras e peças que ainda podem ser resgatadas.

A segunda etapa será a elaboração do projeto básico e do projeto executivo para a reconstrução do museu e dos equipamentos necessários para a obra, que poderá ter a participação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Após a conclusão desses projetos, será realizada a obra de recuperação em si, acrescenta a nota oficial.

O Presidente do Brasil, Michel Temer, entrou em contacto com bancos e empresas privadas, que já sinalizaram o interesse em patrocinar a reconstrução.

"Considerando a Lei Rouanet [lei de apoio à cultura no Brasil que incentiva o mecenato] como uma fonte de apoio ao museu, com apoio de outras entidades e parceiros como doadores, estamos procurando aumentar as condições de recuperarmos, com a maior brevidade, o nosso Museu", indica o comunicado, citando o ministro da Educação, Rossieli Soares.

O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi fundado por João VI, de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil.

O incêndio ocorrido no domingo não provocou vítimas, mas destruiu grande parte do acervo do maior museu de História Natural e Antropologia da América Latina, cujo edifício tinha sido residência da família real e imperial brasileira.