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O fim das restrições às viagens não essenciais para 32 países (os 27 da UE, mais o Reino Unido, Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), levaram o Serviço de Etrangeiros e Fronteiras (SEF) a tomar medidas nos três principais aeroportos do continente.
Em Lisboa, a data coincidiu com a entrada em funcionamento de uma nova área de controlo de chegadas do SEF, vocacionada sobretudo para os voos provenientes do Reino Unido.
Em Faro, desta vez numa articulação pacífica com a ANA-Aeroportos, está a funcionar desde domingo a chamada zona de verão, o que aumenta substancialmente as boxes de controlo documental à disposição do SEF.
E no Porto, as atenções estão viradas essencialmente para a final da Liga dos Campeões, que vai levar à cidade 12 mil adeptos ingleses (seis mil do Manchester City e outros seis mil do Chelsea).
O jogo está marcado para 29 de maio, mas o plano prevê quatro dias movimentados no Francisco Sá Carneiro.
A diferença está nos ingleses
De resto, é do mercado britânico que se espera um maior volume de chegadas.
Só até ao final deste mês de maio, e apenas com origem nas ilhas britânicas, são esperados em Portugal 640 voos, que transportam 175 mil passageiros.
A maior parte tem como destino o Algarve, mas a final 100% inglesa da Liga dos Campeões faz com que o Porto também receba muitas dezenas destes voos.
Para que se tenha uma ideia do peso que os ingleses têm neste regresso à normalidade, basta olhar para os números de segunda-feira, dia 17 de maio - o primeiro de reabertura a voos não essenciais destes 32 países.
Oriundos do Reino Unido, aterraram em Portugal 34 voos, que trouxeram 2.509 passageiros. Metade desses voos teve como destino o Algarve, onde ficaram 1.507 passageiros.
A outra metade dos voos repartiram-se por Lisboa (nove aviões - 374 passageiros), pelo Porto (três voos e 132 passageiros), pelo Funchal (quatro aviões e 395 turistas ), e ainda por Porto Santo (com um avião com 101 passageiros).
Testes covid obrigatórios
Dos 2.509 britânicos que aterraram segunda-feira em Portugal, só quatro é que não traziam prova de um teste negativo à Covid-19 realizado até às 72 horas anteriores. Três em Faro, e um no Porto.
Neste capítulo, as regras mantêm-se. Quem não for portador desse comprovativo, ou aceita realizar e pagar o teste à chegada, aguardando os resultados ali mesmo no Aeroporto, ou verá a sua entrada recusada.
Em vigor desde segunda-feira, estão regras distintas para países de origem que tenham taxas de incidência de infeção por SARS-CoV-2 superiores ou inferiores a 500 casos por 100 mil habitantes.
Os cidadãos oriundos de países com taxas superiores continuam proibidos de realizar viagens não essenciais para Portugal e mesmo que tenham uma justificação para o fazer ficam obrigados a cumprir 14 dias de confinamento profilático no domicílio ou em local indicado.
Nessas circunstâncias, ainda muito limitativas, estão países como a África do Sul, Brasil, Índia, Chipre, Croácia, Lituânia, Países Baixos e Suécia.
Esta medida não se aplica, no entanto, a passageiros que apenas tenham feito escala aeroportuária num destes países.