O Ministério Público (MP) acusou José Castelo Branco “pela prática de um crime de violência doméstica”.
Segundo a nota divulgada esta segunda-feira no site da PGR, o arguido “atuou com o propósito concretizado de maltratar” Betty Grafstein, com quem estava casado.
“Arguido e vítima eram casados desde novembro de 1996, encontrando-se indiciado que, desde o início do casamento, o arguido agredia física e verbalmente a vítima”, diz a nota.
“Ainda de acordo com a acusação, o arguido forçava a vítima a vestir roupa que escolhia, a ser maquilhada por si e a calçar sapatos que lhe provocavam dores”, acrescenta a nota.
O MP refere ainda que os factos prolongaram-se até maio deste ano, altura em que Grafstein foi internada na sequência de um empurrão alegadamente desferido pelo arguido.
Segundo a nota, “com as condutas descritas, o arguido, de 61 anos, atuou com o propósito concretizado de maltratar a vítima, de 95 anos, molestando-a no seu corpo e saúde psíquica, injuriando-a e atemorizando-a, bem sabendo que era a sua mulher e estando ciente da idade desta”.
O inquérito foi dirigido pela Secção Especialização Integrada de Violência Doméstica (SEIVD) de Sintra do DIAP Regional de Lisboa.
A queixa ao Ministério Público terá sido apresentada pelo próprio hospital onde Betty esteve internada, dado que o crime de violência doméstica é público e, por isso, não é necessário que seja a vítima a apresentar a queixa.