Mais de 130 agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) vão reforçar as ruas e esquadras do distrito do Porto, ao mesmo tempo que vão prestar apoio ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo ministro da Administração Interna, à margem da tomada de posse do novo comandante do comando metropolitano do Porto da PSP, o superintendente Pedro Neto Gouveia.
José Luís Carneiro, explica que a medida surge graças ao objetivo de colocar a PSP a "assumir responsabilidades de supervisão, de controlo e de regulação da fronteira aérea, nomeadamento no aeroporto do Porto", no âmbito da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que ocorre no próximo dia 29.
"Distrito do Porto é mais seguro em 2023 do que era há 10 anos"
Quanto à insegurança associada a algumas zonas do Porto, José Luís Carneiro sublinha que "olhando para o período entre janeiro e agosto deste ano e comparando com o mesmo período em 2013, a criminalidade geral desceu 11,6%. E a criminalidade violenta e grave desceu 24%. O distrito do Porto é mais seguro em 2023 do que era há 10 anos", revela o ministro.
"Vivemos num país que está entre os mais pacíficos do mundo e os mais seguros, o mesmo acontece com os indicadores da Área Metropolitana do Porto", sublinha.
Apesar dos bons indicadores no que diz respeito à segurança, o ministro da Administração Interna salienta que "uma das primeiras prioridades para o comando metropolitano do Porto" é combater "um dos domíninos que tem vindo a aumentar [na cidade], que é o tráfico e o consumo de droga".
"Há um outro indicador que tem vindo a crescer, a condução com excesso de álcool", indica o ministro, que realça "estar associado a atitudes e comportamentos individuais", sublinha.
Já sobre os equipamentos de proteção policial e a melhoria de condições, José Luis Carneiro refere que "está em curso o maior investimento de sempre nas infraestruturas e equipamentos", o que se traduz em cerca de 300 milhões de euros.
Um valor que engloba, entre outros, "um concurso que está a decorrer de 34 milhões de euros para a aquisição de novos veículos e outro concurso de 15 milhões de euros destinados a equipamento de proteção individual, onde estão também incluídos os coletes e as 'bodycams'".
O ministro não adianta datas para a concretização destas medidas, afirmando que "são concursos públicos internacionais, que demoram vários meses".