Na manhã desta quinta-feira, na Galp do Freixo, no Porto, um dos 310 postos da rede prioritária de abastecimento, não havia gasóleo. Quem vinha para abastecer, mal parava. “Desisto de procurar por hoje”, desabafou à Renascença um cliente que, às primeiras horas do dia, andou de posto em posto à procura de uma agulheta de onde pingassem alguns litros de gasóleo.
Entre a reunião que definiu o alargamento dos serviços mínimos e o fim da greve, ainda chegou a vigorar um racionamento que previa que cada viatura tinha direito a apenas 15 litros de combustível. Mas, ao que parece, a regra nem teve tempo suficiente para ser aplicado. “Não me impuseram limites ao abastecimento”, confessa uma cliente que não foi além dos “10 euros de gasolina”, por não querer contribuir para o que classifica como “palhaçada que só serve para aumentar os lucros das gasolineiras”.
O anúncio do fim da greve não alterou o cenário nos postos de combustível. A reposição dos "stocks" vai ser lenta e só deverá estar concluída no início da próxima semana. Mas o efeito psicológico entre os clientes já era diferente.
“É um alívio”, confessa um cliente de um posto de abastecimento na Estrada da Circunvalação, no Porto. “Eu abasteci ontem no Algarve e, como já estava a precisar outra vez, cheguei aqui e, felizmente, consegui”.
Este sentimento é idêntico ao de um motorista de passageiros que reconhece o direito dos motoristas à greve, ao mesmo tempo que sublinha que estes três dias de paralisação “foram benéficos para o negócio, porque muita gente prescindiu da utilização da viatura particular.