Quatro agrupamentos de escolas do concelho de Loures vão fazer queixa do Ministério da Educação à Provedora de Justiça.
Pais e professores exigem a retirada de amianto das escolas, um material considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que está presente nas coberturas dos estabelecimentos há mais de três décadas.
À Renascença, André Julião, encarregado de educação, acusa o Governo de inércia. "As direções destas escolas e das respetivas associações de pais e encarregados de educação já tentaram pressionar o Ministério da Educação de várias formas, quer através de reuniões, quer através de solicitações de obras de fundo e nada foi conseguido até agora".
Como sinal de descontentamento, esta quinta-feira, às 11h30, representantes das direções dos agrupamentos e associações de pais das escolas entregam uma reclamação formal diretamente na Provedoria de Justiça.
"Aquilo que nós pretendemos é um calendário devidamente estruturado e planeado com intervenções profundas nestas escolas e em todas as outras do concelho que permitam a retirada deste fibrocimento e a sua substituição por materiais que não sejam prejudiciais para a saúde", explica André Julião.
Pais e professores garantem que em causa estão escolas com mais de 30 a 35 anos que nunca terão sofrido obras estruturais.
São mais de oito mil os alunos que frequentam os quatro agrupamentos de escolas do concelho de Loures.