A presidente do Banco Central Europeu (BCE) insiste na urgência de os países acabarem com as ajudas à economia para retirar pressão sobre a inflação.
Questionada pelos eurodeputados, esta segunda-feira, em Bruxelas, Christine Lagarde garantiu que o BCE "está ciente" dos impactos que a subida das taxas de juro tem para as famílias mais pobres, mas diz que é preciso estabilizar os preços.
"E sim, sabemos que, por exemplo, 30% das famílias nos Estados-membros têm hipotecas com taxas de juro variáveis e sabemos que isso é difícil. O preço da energia também está a pesar bastante nos rendimentos mais baixos”, disse a presidente do BCE.
“O nosso dever é colocar a inflação no nível definido de forma atempada. Quanto mais depressa lá chegarmos, mais estáveis serão os preços e menos doloroso será o caminho para aqueles que investem, mas também para quem contraiu empréstimos", sublinhou.
Christine Lagarde voltou a mostrar-se preocupada com o nível da inflação.
Uma semana depois da última subida das taxas de juro pelo BCE, voltou a dizer que as mexidas seguintes vão depender dos dados que surgirem, deixando claro, no entanto, que as taxas de juro diretoras do BCE serão fixadas em níveis suficientemente restritos durante o tempo que for necessário.