Veja também:
Talvez quando houver um pedido formal de ajuda por parte do Governo moçambicano tudo possa ser mais simples de explicar. Mas até lá, a chave para essa clarificação é o secretário de Estado das Comunidades, que chegou esta quarta-feira a Maputo para avaliar uma eventual missão portuguesa ao país.
Sete dias depois da passagem do ciclone Idai pela região, José Luís Carneiro aterrou na capital moçambicana acompanhado de um elemento da Proteção Civil, um do INEM e ainda pelo adido militar português em Maputo, bem como do oficial de ligação do Ministério da Administração Interna naquele país.
À chegada, José Luís Carneiro informou os jornalistas de que há 30 portugueses desaparecidos em Sofala, depois de uma semana sem informações sobre cidadãos lusos entre as vítimas do desastre.
Neste momento, o Presidente moçambicano já confirmou o registo de mais de 200 mortos, embora tenha assumido que o balanço de vítimas pode ultrapassar as mil mortes.
A comitiva do secretário de Estado português só deverá chegar à Beira, uma das zonas mais devastadas pelo Idai, esta noite, mas até lá poderá enviar para Lisboa a necessária luz verde para que arranque a missão portuguesa de apoio aos moçambicanos.
As últimas horas trouxeram dados um pouco confusos.
Enquanto a Renascença fazia perguntas à Proteção Civil sobre como se está a preparar para uma eventual partida para Moçambique, soube-se que também as Forças Armadas estão a contemplar essa eventualidade. E sobre essa missão, a militar, já há vários pormenores delineados.
Ao que a Renascença apurou, será constituída por 35 militares dos três ramos - Força Aérea, Exército e Marinha. A maioria deles, 25, são fuzileiros e deverão levar consigo 10 botes para o apoio fluvial às populações afetadas pelas cheias. Seguirá ainda uma equipa de médicos do Exército e duas tripulações do C-130 da Força Aérea, o meio de transporte para esta missão.
Ainda de acordo com as informações apuradas, este C-130 já estará na pista de Figo Maduro pronto a ser carregado esta noite e com partida prevista para a madrugada de quinta-feira.
Presume-se que só parta quando houver o tal pedido de ajuda formal, se a essa hora já tiver chegado.