Homicídio George Floyd. Autoridades preparam-se para manifestações após a sentença
19-04-2021 - 22:39
 • Lusa

As alegações finais do julgamento do ex-agente da polícia de Minneapolis, Derek Chauvin, começaram esta segunda-feira. Cada uma das três acusações de homicídios vai ser avaliada separadamente.

As autoridades norte-americanas estão a preparar-se para vários dias de eventuais manifestações por todo o país depois de conhecida a sentença do antigo polícia que está a ser julgado pelo homicídio de George Floyd, em 2020.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, confirmou que as autoridades federais e locais estão em articulação para enfrentar possíveis protestos.

O objetivo, prosseguiu Psaki, é garantir que as manifestações decorram pacificamente.

“Este país atravessou um largo período, sobretudo a comunidade afro-americano, de dor e sofrimento”, não só por causa do julgamento de Derek Chauvin - o antigo polícia acusado do homicídio do cidadão afro-americano George Floyd, em maio de 2020 - mas também pela “violência adicional” registada nas últimas semanas.

As alegações finais do julgamento de Derek Chauvin começaram esta segunda-feira. Cada uma das três acusações de homicídios vai ser avaliada separadamente.

O antigo polícia de Minneapolis é acusado de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio por negligência.

Cada uma das acusações pode levar a uma pena máxima diferente: 40 anos para homicídio em segundo grau; 25 anos para homicídio em terceiro grau; 10 anos para homicídio por negligência.

Chauvin asfixiou George Floyd até à morte, colocando um joelho sobre o pescoço do cidadão afro-americano durante quase nove minutos, durante uma detenção, em Minneapolis, no Minnesota (Estados Unidos).

O homicídio espoletou uma 'onda' de protestos em várias cidades norte-americanas contra o racismo e a impunidade da polícia. As manifestações acabaram por estender-se a cidades de outros países, como, por exemplo, Lisboa.

As manifestações ocorreram ainda durante o mandato do republicano Donald Trump, que, na altura, ameaçou enviar militares para demover os manifestantes.