Está em curso a contagem decrescente. A lista final para a localização do novo aeroporto de Lisboa é apresentada a 27 de abril, quinta-feira da próxima semana, e, há dias, somaram-se mais duas opções.
A responsável da Comissão Técnica Independente, a professora Rosário Partidário, revelou ao Público que Monte Real e Alcochete-Portela se juntavam à lista.
A Comissão havia começado a trabalhar em novembro numa plataforma constituída pelas cinco possibilidades apresentadas pelo governo. Montijo, Montijo-Portela, campo de tiro de Alcochete, Portela-Santarém e Santarém.
Entretanto, foram adicionadas mais quatro hipóteses: Alverca, Beja e Monte Real, consequência de sugestões externas e, uma outra, com a chancela da própria Comissão, Alcochete-Portela, num processo com elementos inovadores.
Assim, na lista a divulgar a 27 de abril têm lugar cativo os cinco cenários previstos pelo executivo, sendo da responsabilidade da Comissão a lista completa e final das soluções a considerar bem como a definição dos critérios de viabilidade técnica para a análise das distintas opções.
Fechada a lista, a Comissão fará chegar as várias possibilidades à Comissão de Acompanhamento presidida por Carlos Mineiro Aires. Seja qual for a localização escolhida será preciso esperar mais alguns anos para que um novo aeroporto seja construído.
Vai a recente introdução de novos locais resultar em ainda maior imprevisibilidade num debate nacional que se arrasta desde os anos 60 e com, pelo menos, 17 hipóteses equacionadas? Quais devem ser os vetores do critério de decisão e da avaliação custo-benefício? Quais são as tendências futuras da aviação?
A análise é de Nuno Botelho, gestor, Paulo Soares comandante de Linha Aérea e especialista em Direito Aéreo, envolvido no projeto privado Magellan500, em Santarém, e Luís Coimbra, engenheiro aeronáutico, e ainda com a participação de Guilherme Correia da Silva, correspondente da Renascença em Bona.