A Bélgica detetou, nesta sexta-feira, o primeiro caso da nova variante do novo coronavírus na Europa.
A informação é avançada pelo virologista Marc Van Ranst, cujo laboratório trabalha em estreita colaboração com o órgão de saúde pública da Bélgica, através do Twitter.
Diz Marc Van Ranst que a variante foi encontrada num viajante que regressou do Egito em 11 de novembro.
A pessoa desenvolveu os primeiros sintomas em 22 de novembro, avança ainda o virologista.
A informação já foi confirmada pelo ministro belga da Saúde ao jornal "Le Soir".
Segundo o jornal britânico “The Guardian”,
o viajante é uma jovem adulta que não está vacinada contra a Covid-19. Os
sintomas que desenvolveu são semelhantes aos da gripe.
A nova variante da Covid-19 foi encontrada pela primeira vez na África do Sul e no Botswana e está a preocupar os cientistas, dada as muitas mutações que apresenta e a eventual influência na estrutura da proteína ‘spike’, que integra o novo coronavírus.
De acordo com o investigador do Instituto de Medicina Molecular Miguel Castanho, “a perigosidade depende das alterações em específico e do impacto que têm na forma, na estrutura daquela proteína que faz a ligação às células humanas”.
Mas, para já, o importante é ir observando o comportamento da variante B.1.1.529 (descoberta na terça-feira, dia 23) e ir tomando algumas precauções, diz à Renascença.
“Já passámos por várias variantes que foram relativamente inconsequentes, mas acontece que, de vez em quando, aparece uma variante tipo Delta, que faz mesmo diferença”, lembra.
Alguns países já anunciaram a suspensão de voos e a Organização Mundial de Saúde marcou para esta sexta-feira uma reunião de peritos para analisar a nova variante.