A comentadora britânica de extrema-direita Katie Hopkins, que vivia na Austrália, foi deportada pelo Governo do país depois de se ter gabado por não cumprir as regras sanitárias em vigor.
Hopkins enfureceu os australianos e recebeu muitas críticas nas redes sociais, quando na sexta-feira fez piadas sobre colocar pessoas da linha da frente da pandemia em risco, ao tirar férias.
A comentadora, conhecida por tiradas racistas e islamofóbicas, disse que iria encomendar comida e receber o estafeta "nua sem máscara".
Durante o início da pandemia da Covid-19, a Austrália fechou as fronteiras aéreas e conseguiu controlar o avanço da pandemia. Mas, devido à variante Delta e à atrasada vacinação, algumas cidades do país tiveram de impor confinamentos pela primeira vez.
Hopkins considerou que os confinamentos em Melbourne e Sidney eram "a maior farsa da história da Humanidade".
Desde então, a carreira e a vida de Katie Hopkins na Austrália caiu em desgraça, mesmo depois de, no domingo, ter publicado um vídeo a dizer que tudo não passava de uma piada.
Primeiro, o vídeo inicial no Instagram foi apagado (a comentadora já tinha sido banida do Twitter durante um ano por publicar mensagens de ódio). Depois, o programa de televisão para o qual dava comentário despediu-a.
Esta segunda-feira, o Governo australiano anunciou que iria retirar o visto de residência a Hopkins. A polícia australiana multou-a em 1000 dólares australianos (cerca de 621 euros) por não usar máscara e escoltou a comentadora até ao aeroporto, para ser deportada para o Reino Unido.
Da parte do Governo, a ministra do Interior, Karen Andrews, considerou que os comentários de Katie Hopkins eram "chocantes" e "um estalo na cara" dos australianos em confinamento. "Pessoalmente, estou muito feliz por ela ir embora", disse a ministra à televisão ABC.