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O aumento do número de casos de Covid-19 em Portugal nos últimos dias “não tem sido exponencial” e é preciso manter a “pressão na mola” para manter o vírus controlado, afirma a diretora-geral da Saúde. Graça Freitas aponta algumas razões que pode ajudar a explicar a subida das infeções.
“Nos últimos três dias verificou-se aumento do número de casos, é precoce conseguirmos explicar tudo, mas há um clima favorável a que isso possa acontecer”, começou por afirmar.
Graça Freitas explica que há mais pessoas a circular em tempo de férias e um aumento da atividade do novo coronavírus e do número de casos “em toda a Europa”.
“Estamos aqui a tentar o equilíbrio entre medidas de segurança e de saúde pública, mas também medidas de retoma da vida normal das pessoas. Isso leva a uma movimentação maior de pessoas, do nosso país para outros e vice-versa, quer em turismo quer através dos nossos emigrantes que nesta altura do ano vem visitar as suas famílias. Portanto, este maior contacto entre pessoas de várias zonas que estão afetadas pela pandeia pode gerar um aumento do número de casos.”
A explicar o atual cenário estão também os casos isolados que se transformaram em vários surtos familiares, em instituições e empresas.
Graça Freitas garante que a situação está “controlada” e que as autoridades estão a conseguir encontrar ligação entre os casos e os surtos.
Portugal registou mais seis mortes e 401 novos casos de infeção por Covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico revelado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). É o maior aumento de novas infeções desde 10 de julho e o quarto dia consecutivo com subida de casos.
O número total de óbitos aumenta, assim, para 1.815 e o de infeções para 57.074 desde a chegada do novo coronavírus ao país, no início de março.