Mais de 3,3 milhões de livros foram vendidos em Portugal entre julho e setembro deste ano, o que traduz um aumento de 3,4% face ao período homólogo, apesar de o preço dos livros ter subido.
Segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), no terceiro trimestre deste ano foram vendidos mais de 3,3 milhões de livros (3.362.470), o que representou um encaixe financeiro de 46.373.348 euros.
A APEL baseou-se no dados disponibilizados pela Gfk, entidade independente que faz auditoria e contagem das vendas de livros ao longo do ano, que revela ainda que, em termos de vendas, estes 46,3 milhões de euros representam um acréscimo financeiro de mais de 6,1% face ao terceiro trimestre de 2022.
Para tal terá contribuído igualmente o preço médio do livro, que subiu 2,6%, para os 13,79 euros.
Entre julho e setembro deste ano, entraram em circulação no mercado 2.140 novos livros, menos 19 do que no mesmo período do ano passado.
Relativamente aos pontos de venda, 69,2% dos livros vendidos no terceiro trimestre foram escoados por livrarias, enquanto 30,8% foram vendidos por hipermercados. Isto reflete-se igualmente nos valores de venda, já que 78,3% do total do valor arrecadado no mercado livreiro foram para as livrarias e 21,7% para os hipermercados.
Por categoria, o género mais procurado foi a ficção, com um peso médio de 34,5% no total das vendas, um preço médio de 16,02 euros por livro e um valor apurado correspondente a 40% do total.
Em segundo lugar, surgem os livros de não ficção (31,5%), a um preço médio de 15,22 euros, correspondendo a 34,8% do valor total angariado.
Seguem-se os livros infantojuvenis , cujas vendas representaram 30,7% do total e contribuíram em 24,2% para o encaixe financeiro total. O preço médio a que estes livros foram vendidos foi de 10,86 euros.
O género menos representativo é o das campanhas/exclusivos, que contribuíram com 3,3% em número de unidades vendidas, com 1% do valor final apurado, tendo o preço médio destas publicações rondado os 4,15 euros.