O cavaleiro João Moura, acusado de 18 crimes de maus-tratos a animais de companhia, conhece, esta quarta-feira, a sentença do Tribunal de Portalegre.
Nas alegações finais, o Ministério Público pediu a condenação do arguido, deixando a moldura penal a aplicar ao critério do tribunal, enquanto a defesa pediu a sua absolvição.
No final da sessão, o arguido optou por falar, tendo apenas assumido "uma parte da responsabilidade", sustentando que estava a passar por uma fase económica "menos boa", tendo o tribunal validado a curta declaração de João Moura.
Os advogados das associações de defesa dos animais que se constituíram assistentes no processo pediram, a maioria, pena de prisão efetiva, bem como a proibição de contacto com animais de companhia.
O toureiro foi detido pela GNR no dia 19 de fevereiro de 2020, por maus-tratos a animais, tendo sido apreendidos 18 cães, alguns dos quais tinham "magreza acentuada" ou "estado caquético" e outros lesões, escoriações e infeções, segundo o MP.
Uma cadela acabou por morrer nesse dia.