O FC Porto espera fazer um mínimo de 50 milhões de euros em mais-valias de transferências até ao final da época, explicou o vice-presidente Fernando Gomes, na apresentação das contas da SAD.
"Precisamos de 50 milhões de euros em mais-valias, no mínimo. O ideal seria na ordem dos 80 milhões, mas o valor mínimo para respirarmos tem de ser de 50 milhões", disse.
A SAD do FC Porto anunciou um resultado financeiro positivo histórico de 33,405 milhões de euros. Fernando Gomes assume que o Porto precisa de vender e destaca importância da Liga dos Campeões para as contas.
"Dificilmente temos resultados equilibrados sem vendas de jogadores e boa performance europeia. O Porto não fez vendas e isso é uma preocupação. Temos janeiro e de meados de maio até 30 de junho para equilibrar o que está em défice", explica.
A saída de Vitinha tinha sido dada como garantida e como essencial nas contas. Fernando Gomes explica que a caminhada europeia e outras saídas de menor valor permitiram colmatar o valor que não foi amealhado junto do Wolverhampton.
"O Vitinha teria sido indispensável, mas felizmente fomos mais longe do que tínhamos pensado na Liga dos Campeões e isso permitiu uma certa folga financeira. Fizemos aidna algumas pequenas vendas, que reduziram a necessidade", explicou.
Estádio fechado cortou 10 milhões das contas
Fernando Gomes falou ainda sobre a ausência dos adeptos durante a época passada. O dirigente agradece aos adeptos que optaram por não ser reembolsados, mas fala de um prejuízo de cerca de dez milhões de euros.
"As contas teriam sido muito melhores se tivessemos essa fonte de rendimento. Os sponsors não fizeram reduções na despesa de publicidade e mantiveram os contratos e muitos sócios não exigiram a devolução do valor do lugar anual e camarotes. Temos de fazr essa homenagem e, por isso, as receitas não foram tão baixas como expectável. Ainda assim, as contas teriam sido 10 milhões acima com adeptos", termina.