Guerra na Ucrânia. Marcelo apela a retirada russa, incluindo da Crimeia
23-08-2023 - 14:25
 • José Pedro Frazão, enviado da Renascença à Ucrânia

Presidente da República, que está de visita à Ucrânia, participou numa cimeira com Volodymyr Zelensky.

Portugal apela à Rússia para que retire imediatamente as suas tropas da Ucrânia, disse esta quarta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que está de visita ao país de Volodymyr Zelensky.

Marcelo Rebelo de Sousa falava esta quarta-feira na Cimeira da Plataforma da Crimeia.

"Admiramos a notável determinação demonstrada pela Ucrânia e pelo seu povo ao exercer o direito do país à autodefesa contra estes ataques ilegais, não provocados e injustificados, que constituem uma violação flagrante do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas. Instamos a Rússia a retirar imediatamente todas as suas forças militares do território da Ucrânia", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, sentado ao lado de Volodymyr Zelensky.

O Presidente da República Portuguesa considera que a guerra na Ucrânia não é apenas um problema de Direito Internacional, mas de dignidade humana. "Estamos a falar de pessoas", declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa defende que "não é possível separar a questão da Crimeia do ataque global e da invasão do território ucraniano".

"Qualquer tentativa, subjetiva ou objetiva, de separar as duas questões representa não um apoio, não uma ajuda ao povo ucraniano, mas um ruído que é provocado desnecessariamente numa guerra e na recuperação da integridade do território", salientou.

Nesta cimeira com o Presidente ucraniano, Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que "Portugal permanece inabalável no seu compromisso com a soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas".

"Condenamos nos termos mais veementes a guerra ilegal, injusta e imoral em curso da Rússia contra a Ucrânia e a ocupação da Crimeia e de Sebastopol", frisou o chefe de Estado.