O Papa Francisco parte este sábado para uma visita de quatro dias a Lituânia, Letónia e Estónia com 15 discursos na sua bagagem.
25 anos depois da visita de João Paulo II, em 1993, pouco depois das tropas russas abandonarem as três ex-repúblicas soviéticas, grande parte da população saiu à rua, com grande esperança baseada na liberdade readquirida. Mas a realidade mudou muito.
À espera de Francisco há agora outro tipo de dificuldades - sobretudo económicas e sociais: são três países de baixa natalidade e muita emigração entre os jovens que procuram melhores condições de vida na Alemanha, Inglaterra, Finlândia e Estados Unidos. Talvez por isso, o programa do Papa inclui encontros com a juventude nos três países que visita.
A nível internacional, com a vizinha Rússia colada às fronteiras e as ameaças de Trump em sair da NATO, a instabilidade é uma constante. E também a realidade da Igreja é muito diversa: a Lituânia é o país com maior número de católicos (cerca de 75% da população), na Letónia, maioritariamente luterana, os católicos não passam dos 20% e na Estónia, com 65% de ateus, os católicos são apenas cinco mil - o correspondente a uma pequena paróquia de Portugal.
Francisco começa pela Lituânia, onde fica dois dias para visitar, além da capital Vilnius, também a cidade de Kaunas considerada um bastião de resistência católica nos tempos da perseguição soviética.
A Renascença com o Papa Francisco nos países bálticos. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.