Santarém volta a acolher, durante 12 dias, de 21 de outubro a 1 de novembro, o Festival Nacional de Gastronomia, com “uma chuva de chefes estrela” Michelin, que estarão no espaço “Banquete” e na regressada zona de petiscos.
O programa do 41.º Festival Nacional de Gastronomia (FNG) foi apresentado esta sexta-feira na Quinta da Bela Vista, em Santarém, depois de uma Mesa Redonda e prova de Vinhos do Tejo, conduzida pelo ‘sommelier’ Rodolfo Tristão, e seguido de um almoço de cozido à portuguesa “que cruzou a tradição do Sr. António, da Taberna do Geraldo, e a inovação, pelo chefe João Diogo Saloio, do restaurante Mãe”.
O vice-presidente da Câmara de Santarém com o pelouro do Turismo e Grandes Eventos, João Leite, apontou a “tradição com uma pitada de futuro” como mote de mais uma edição de um festival que tem procurado “juntar tradição e modernidade” e que quer, nesta edição, honrar a eleição como “evento do ano 2021”, anunciada em julho último na 6.ª edição dos Prémios AHRESP, e “duplicar o número de visitantes”.
João Leite destacou “várias novidades” na edição deste ano do FNG, como o regresso de um espaço dedicado aos petiscos, “que está na génese e origem do festival”, com a presença de “24 chefes representativos de todo o território nacional, que, ao longo dos 12 dias, vão colocar à disposição dos visitantes vários petiscos a um preço até 6 euros”.
No espaço da Casa do Campino, no antigo Campo da Feira, estarão, ainda, a funcionar “oito restaurantes permanentes, representativos do território nacional, com pratos regionais característicos e identificativos das regiões”, disse.
Por outro lado, pelo espaço “Banquetes” passarão os chefes Henrique Sá Pessoa, Diogo Rocha, João Oliveira, Rodrigo Castelo e Pedro Lemos, proporcionando “momentos únicos de gastronomia”, mas também restaurantes do concelho de Santarém, como o Dois Petiscos, o Oh Vargas, a Massa, o Di Gusto e o Cook, adiantou.
Os mais de 40 municípios do país que confirmaram a sua presença no FNG, trarão, cada um, um ‘stand’ de agroalimentar, outro de doçaria e um ligado ao artesanato, sendo que o pavilhão da doçaria passará dos 12 espaços das edições anteriores para 32, “com doces típicos de cada região”.
Gastronomia e música de todo o país
Cada município irá ainda contribuir para a animação do festival, trazendo as suas tradições, a que se juntarão “música, diversão, vários DJ, muitos ‘workshops’ e duas cozinhas permanentes para demonstrações gastronómicas”, afirmou.
O autarca destacou o envolvimento das escolas do concelho, com a participação de mais de 2.000 crianças na programação, “com uma preocupação da boa utilização dos produtos alimentares”.
Inserida no programa “Santarém Capital da Gastronomia”, que visa “impulsionar o turismo e a restauração do concelho”, esta edição do FNG tem curadoria do chefe escalabitano Rodrigo Castelo, do restaurante Ó Balcão e “embaixador para a gastronomia de Santarém”.
No espaço “Petiscos”, que fará lembrar “as tasquinhas de antigamente”, estarão nomes como Noélia Jerónimo, Vasco Coelho dos Santos, Marlene Vieira, Júlio Pereira, Luís Gaspar, Ricardo Mugasa, Ana Moura, Cláudio Pontes, Vítor Adão ou Hugo Nascimento, entre outros, “responsáveis por restaurantes de norte a sul do país, e que irão estar a dar a provar criações e interpretações muito próprias”.
Este ano o FNG dará, também, destaque ao espaço “Padaria”, onde será feito todo o pão regional do evento, “contribuindo assim para a redução da pegada ecológica, mais uma prática sustentável", que se junta ao uso de utensílios descartáveis dentro do recinto, destaca a organização.
As regiões vitivinícolas do país marcarão presença no espaço “Garrafeira”, dedicado a “harmonizações com produtos emblemáticos de cada região, com a curadoria de Rodolfo Tristão”, havendo ainda uma zona para bebidas espirituosas, com destaque para os destilados portugueses, acrescenta.
No exterior, haverá uma área de ‘Street Food’ e outra para uma programação musical, que incluirá DJ, concertos de bandas portuguesas e apresentação de ranchos e cantares tradicionais.