O Presidente de Guatemala anuncia que o país vai transferir a embaixada que tem em Telavive para Jerusalém, no seguimento da aliança com os Estados Unidos, que reconheceram esta última cidade como capital de Israel.
"Querido povo de Guatemala, conversei hoje com o primeiro-ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, e falámos das excelentes relações que temos tido enquanto nações desde que a Guatemala apoiou a criação do Estado de Israel", diz Jimmy Morales, numa publicação na rede social Facebook.
O Presidente acrescenta que, nessa conversa, "um dos temas de maior relevância foi o retorno da embaixada de Guatemala a Jerusalém".
"Por isso, informo que dei instruções à 'chanceler' para iniciar os devidos procedimentos para que assim seja. Deus vos abençoe", refere Jimmy Morales.
Guatemala, Honduras, Islas Marshall, Micronesia, Nauru, Palau e Togo aliaram-se aos Estados Unidos para reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Trump anunciou a 6 de Dezembro que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.
A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.
Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.
Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.
Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.