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Um surto de infeções por coronavírus entre doentes e funcionários do hospital SAMS (Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários), em Lisboa, levou ao encerramento das urgências daquele estabelecimento de saúde.
A decisão foi divulgada numa determinação desta sexta-feira, assinada pelo delegado de saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde de Lisboa (ACES), Mário Pereira.
O texto da determinação, a que a Renascença teve acesso, refere-se à suspensão como “medida cautelar de saúde pública”, mas notícias dos últimos dias dão conta de uma situação de propagação da Covid-19 naquela unidade.
Embora o documento fale apenas da suspensão das urgências, fonte da Renascença refere que está “tudo encerrado exceto para os doentes já internados. Não há cirurgias, nem urgentes. Consultas canceladas e só por telefone”, mas que os serviços de “oncologia e radioterapia continuam a funcionar”.
Na segunda-feira exata, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul já tinha denunciado à Renascença que seis médicos daquela unidade hospitalar estavam infetados com coronavírus.
O número exato de casos no hospital do SAMS não é público. Quando surgiu a primeira notícia da propagação da doença no SAMS, e confrontada com ela, a administração respondeu à Lusa que todos os casos são comunicados à Direção-Geral da Saúde, que centraliza a informação.
Portugal teve o primeiro caso de Covid-19 no dia 2 de março. Ao longo dos últimos 18 dias o número de infetados subiu, ultrapassando esta sexta-feira a barreira dos mil. Há a lamentar seis mortos em território português.