Afinal, o que é a bitcoin?
04-12-2017 - 08:56
 • Paulo Ribeiro Pinto

O valor desta moeda digital disparou desde o início do ano e, em Novembro, ultrapassou os 10 mil dólares.

Há já quem compare esta corrida à moeda digital – ou melhor, criptomoeda para ser mais exacto – à febre do ouro nos Estados Unidos, em meados de 1800, quando milhares de pessoas se deslocaram para a Califórnia à procura de fortuna fácil.

Muitos alertam para uma bolha que depressa iria rebentar, à semelhança do que aconteceu com a crise das tulipas na Holanda, em 1630, ou com as empresas de tecnologia no início deste século.

Mas o que explica esta corrida e consequente aumento do valor desta moeda? João Castro, director do Centro Digital da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, aposta da lei da oferta, tal como acontece com a arte.

A bitcoin tem por base a tecnologia “blockchain”, em que os dados estão espalhados por todo o mundo de maneira descentralizada, impedindo que sejam adulterados e assim mantendo a confiança entre os utilizadores.

Não está associada à economia de um país ou controlada por qualquer organismo de supervisão, como o Banco Central Europeu ou a Reserva Federal norte-americana.

Nesta falta de regulação, muitos apontam para falhas que poderiam servir fins menos lícitos.

A forma de conseguir as criptomoedas é o chamado “mining”, em que os utilizadores são recompensados pela manutenção da rede, comprando a moeda ou recebendo o pagamento de alguma compra.

Mas a tecnologia ainda está no início, bem como as implicações para o sistema financeiro mundial.

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