O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) admitiu, esta sexta-feira, o "início horrível do inverno" na Ucrânia devido à escalada de ataques russos, e prometeu o apoio às autoridades ucranianas "o tempo que for necessário".
Em conferência de imprensa em Bruxelas, Jens Stoltenberg acusou a Rússia de atacar a Ucrânia “com mais brutalidade com vagas de ataques deliberados de misseis contra cidades e infraestruturas civis, privando os ucranianos de calor, luz e comida” reconhecendo que “este é um início horrível do inverno para a Ucrânia".
O secretário-geral da NATO reconheceu, ainda, que "estes são também tempos difíceis para o resto da Europa e em todo o mundo com o aumento dos preços da energia e dos alimentos".
"Se deixarmos Putin ganhar, a Europa pagará um preço muito mais elevado durante muitos anos", avisou Jens Stoltenberg nas vésperas da reunião dos ministros dos negócios estrangeiros da NATO que acontece terça e quarta-feira, na Roménia.
O líder da Aliança Atlântica lembrou que “é do nosso interesse em termos de segurança apoiar a Ucrânia", prometendo que a NATO "continuará a apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário".
"Não iremos recuar", garantiu.
Bucareste acolhe na próxima semana uma reunião do Conselho do Atlântico Norte, principal organismo de decisão política da NATO, ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros, que estará centrada na guerra da Ucrânia.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia quando invadiu o país vizinho a 24 de fevereiro. Desde então, a Europa vive aquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).