O líder do Partido Comunista Português (PCP) condenou, este domingo, aquilo que considera uma “vacinação a conta-gotas” contra o novo coronavírus e a submissão de Portugal e da União Europeia (UE) às “grandes farmacêuticas americanas e europeias”.
“Somos ligeiros a confinar e pouco ágeis a obter e comprar as vacinas necessárias. Desconfinamos a conta-gotas porque estamos a fazer uma vacinação a conta-gotas. Nem a UE nem o Governo estão dispostos a comprar vacinas fora dos fornecimentos dos laboratórios das grandes farmacêuticas americanas e europeias, nem a fazer pressão para se libertarem patentes e licenças, como recomendou a Organização Mundial de Saúde [OMS]”, afirmou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP discursava na sessão pública de homenagem ao mítico nadador e militante comunista Baptista Pereira, por ocasião do centenário do nascimento do atleta, falecido em 1984, aos 63 anos, no cais de Alhandra, à beira do rio Tejo.
Jerónimo de Sousa lembrou que a sua bancada parlamentar tem um projeto de resolução cuja discussão está agendada para 8 de abril no parlamento, a fim de acelerar o processo de vacinação dos cidadãos portugueses.
“Esperamos que, nesta matéria, seja colocada em primeiro lugar a vida dos portugueses e não qualquer outro interesse”, desejou, reiterando a necessidade de aquisição de vacinas além das adquiridas via instâncias europeias e que já foram aprovadas pela OMS e outras entidades.