“As pessoas preferem fingir do que ser elas mesmas”. Na audiência geral desta quarta-feira, o Papa falou da hipocrisia, alertando que pode colocar em perigo a unidade na Igreja.
Segundo Francisco há muitas situações em que a hipocrisia pode ocorrer: no trabalho, na política e até mesmo na Igreja, onde “é particularmente detestável”. “Infelizmente, existe hipocrisia na Igreja. Há muitos cristãos e ministros hipócritas.”
Quando se age de outra forma que não seja com verdade está-se a “pôr em risco a unidade da igreja. Que o teu discurso seja sim ou não, porque de outra forma vem do espírito do mal”, acrescentou.
Para o Papa, a hipocrisia é o medo da verdade. “Num ambiente em que as relações interpessoais são vividas sob a bandeira do formalismo, o vírus da hipocrisia propaga-se facilmente”, alertou esta manhã, lembrando que há vários exemplos na Bíblia onde a hipocrisia é combatida, como o velho Eleazar, e situações em que Jesus repreende fortemente aqueles que parecem justos no exterior, mas no interior estão cheios de falsidade e iniquidade.
“O hipócrita é uma pessoa que finge, lisonjeia e engana porque vive com uma máscara no rosto, e não tem a coragem de enfrentar a verdade. Por isso, não é capaz de amar verdadeiramente: limita-se a viver pelo egoísmo e não tem a força para mostrar o seu coração com transparência.”