A líder do CDS defende que é tempo de o primeiro-ministro dar esclarecimentos sobre a apresentação da declaração de rendimentos dos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
"Dado o nível de incompreensão e ruído que este assunto atingiu, só há uma pessoa que pode prestar esclarecimentos finais sobre esta matéria e essa pessoa é o primeiro-ministro", declarou Assunção Cristas.
A presidente centrista, que falava à margem do encontro de autarcas populares que decorreu naquele concelho do distrito de Aveiro, respondia assim a perguntas dos jornalistas sobre declarações do secretário Adjunto, do Tesouro e das Finanças, Ricardo Félix. Segundo o governante, não foi assinado qualquer documento de compromisso com a nova administração da CGD, liderada por António Domingues.
"Exigimos que seja ele [o primeiro-ministro, António Costa] a responder, porque não se pode esconder mais atrás de ministros ou de secretários de Estado", realçou Assunção Cristas.
Recordando que o CDS remeteu na sexta-feira um requerimento por escrito a António Costa, a líder partidária admitiu que o governante tem ainda 29 dias para responder a essas questões, mas afirmou que "se o Governo foi tão rápido a arranjar um secretário de Estado de segunda linha para vir dar uma resposta ao país, então também pode ser rápido a escrever para responder ao CDS".
Para a líder dos populares, a reacção de António Costa tanto pode ser oral como escrita, desde que seja "uma resposta política" e "clara".
A questão da existência de um eventual acordo por escrito entre o Governo e o presidente da CGD sobre as declarações de rendimentos foi levantada na sexta-feira pelo PSD, que instou o Governo a desmentir a existência desse mesmo acordo.