Regresso às aulas. DGS admite “soluções alternativas” para alunos e professores em risco
28-08-2020 - 15:28
 • Renascença

Graça Freitas defende o alargamento do estado de contingência, a partir de 15 de setembro. "É preciso meter a mão em cima da mola [do vírus] no início do ano letivo.”

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A diretora-geral da Saúde acredita que haverá disponibilidade para “encontrar soluções alternativas” para professores e alunos pertencentes a grupos de risco no contexto da pandemia de Covid-19

Esta sexta-feira, Graça Freitas afirmou que os preparativos para o regresso às aulas dentro de pouco mais de duas semanas são um “processo contínuo”.

O novo ano letivo arranca a 14 de setembro e alguns diretores dizem ter dificuldade em elaborar os horários por falta de orientações para alguns casos específicos.

“O regresso às aulas foi programado e feito um grande trabalho pelo Ministério da Educação e a Direção-Geral da Saúde. Foram criadas orientações. O que acontece neste momento é que se está a preparar a operacionalização das orientações. É natural que possam ser revisitadas para resolver questões”, explica a diretora-geral da Saúde.

“Estou certa de que, pela parte dos Ministérios da Saúde e Educação, haverá disponibilidade para encontrar soluções alternativas para professores e alunos pertencentes a grupos de risco”, salientou.


Graça Freitas revela que vai ser lançada uma campanha de informação e está em preparação um documento que “vai permitir a escolas e autoridades de saúde articularem-se e comunicarem de forma célere se forem detetados casos e interromper cadeias de transmissão”.

A diretora-geral da Saúde confirmou que a passagem ao estado de contingência em todo o país, a partir de 15 de setembro, está relacionada com o início do ano letivo.

O que vai acontecer no dia 14, com o regresso às aulas, “é mais de um milhão de jovens a retomar a atividade social letiva, isto vai gerar um movimento populacional intenso, quer dos alunos, professores e funcionários, mas também de quem cuida destas crianças”.

“Vai haver movimento social em massa que é a abertura das escolas. O princípio da precaução indica que se vamos libertar muito mais pessoas que vão estar juntas mesmo com regras. Se calhar temos de meter mais um bocadinho a mão em cima da mola [do vírus] no início do ano letivo”, defende Graça Freitas.

Portugal registou mais seis mortes e 401 novos casos de infeção por Covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico revelado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). É o maior aumento de novas infeções desde 10 de julho e o quarto dia consecutivo com subida de casos.

O número total de óbitos aumenta, assim, para 1.815 e o de infeções para 57.074 desde a chegada do novo coronavírus ao país, no início de março.

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