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Marcelo Rebelo de Sousa defendeu, neste domingo, depois de votar para as eleições legislativas antecipadas, que votar “é uma prova de vida, de vitalidade e de democracia. É uma prova de que as pessoas querem exprimir a sua voz”.
“É em função desse voto que se vai determinar
um futuro que é muito importante, porque temos de sair da pandemia e acelerar o
crescimento económico”, acrescenta.
O chefe de Estado votou pelas 13h15 em Celorico de Basto, distrito de Braga, na secção da junta de freguesia de Molares, onde está recenseado há cerca de 26 anos.
“Espero que seja possível que, no período entre as 18h e as 19h, muitos dos portugueses isolados venham votar, não prejudicando ninguém e exercendo o seu direito”, desejou Marcelo à chegada para votar.
No seu entender, “não há razões para não termos aumento de votantes”, uma vez que está bom tempo.
Até ao meio-dia, 23,27% dos eleitores já tinham votado, o que representa uma percentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 6 de outubro de 2019 (antes da pandemia). Os dados são do Ministério da Administração Interna (MAI).
Estas eleições foram convocadas porque os partidos com assento parlamentar não aprovaram o Orçamento do Estado para 2022 e o Presidente da República dissolveu o Parlamento. “Fiz em consciência o que tinha de fazer. O Conselho de Estado aprovou. Agora é preciso olhar para o fundamental e votar”, defendeu aos jornalistas que o acompanhavam.
Marcelo sublinha que existem muitas forças partidárias em que se pode votar: "De tantas hipóteses, devem aproveitar", incentiva.
O chefe de Estado lembra que existe um período recomendado para os portugueses que se encontram em isolamento irem votar e explica que a lei não permitia grandes alternativas: “uma solução poderia ser os isolados votarem no sábado, mas a lei não permite. Ou então alargar o horário, mas a lei não permite. Temos uma lei feita para outras circunstâncias”, referiu.
Tal como o dia de reflexão, criado numa altura em que se saía de uma revolução (25 de Abril), em que “era tudo muito intenso”. “Entendia-se que [esse dia] era uma forma de pacificação, depois de uma intensidade grande na campanha. Agora, a democracia está institucionalizada, é altura de pensar sobre isso”, defendeu.
Não querendo antever cenários, o Presidente recorda que “estamos num momento difícil na Europa e no mundo” – o que é mais uma razão “por querermos todos os portugueses a votar” – e diz que, na terça e quarta-feira, vai “receber os partidos” e perguntar-lhes “como veem o futuro imediato em termos de governação”.
Quanto à dificuldade sentida por alguns emigrantes para votar, Marcelo diz que é um problema que o preocupa há algum tempo e em que o Parlamento tem de pensar, sendo certo também que há outros “problemas burocráticos que a Covid-19 acentuou”.