Hugo Abreu e Dylan da Silva morreram em Setembro de 2016 durante a Prova Zero do 127.º Curso de Comandos. Os pais pedem ao Estado e restantes arguidos uma indemnização global que ascende aos 650 mil euros.
As contas são avançadas pelo jornal “Público”. Os pedidos vão ser juntos à acusação finalizada em 20 de Junho pela procuradora Cândida Vilar, que deu por terminado o inquérito em que foi coadjuvada pela Polícia Judiciária Militar. É no julgamento que será apreciada a questão civil, juntamente com a questão criminal, se se confirmar que o caso segue para tribunal.
O Ministério Público acusa 19 militares no caso da morte dos dois recrutas. Entre os acusados estão um médico e um enfermeiro.
“Defraudados pela confiança que depositaram no Exército Português, a quem o filho estava confiado.” Foi assim que se sentiram os pais de Hugo Abreu, uma das duas vítimas mortais de um caso que remonta a Setembro de 2016.
Segundo o jornal, os pais deste jovem de 20 anos entregaram à Justiça um pedido de indemnização civil. No documento, o montante global de indemnização será “nunca inferior a 300 mil euros”, repartido entre 200 mil euros pedidos a título de indemnização por perda do direito à vida, 30 mil euros por danos sofridos pela vítima e 70 mil euros por danos sofridos pelos pais.
O diário adianta que os pais de Dylan Fernandes, que ainda esteve internado no Hospital Curry Cabral, mas acabaria também por falecer, preparam-se para entregar uma indemnização semelhante, mas com um valor superior: 350 mil euros. A discrepância é justificada pelo “compasso de sofrimento até à morte”, diz Pedro Saraiva – advogado dos pais de Dylan Fernandes – acrescentando que “todo esse sofrimento é indemnizável.
O advogado recorda ainda que “o Dylan esteve em coma induzido, mas teve fases em que esteve consciente”.