O presidente do Brasil assinou na quarta-feira um decreto que proíbe a realização de queimadas em todo o país nos próximos 60 dias, apesar de admitir expceções.
Mas este decreto permite três situações de exceção: Podem ser realizadas queimadas para controlo de pragas, sendo necessária autorização por parte do órgão governamental competente; para práticas de prevenção e combate a incêndios e ainda na "agricultura de subsistência de indígenas".
Desde janeiro, foram registados 83.329 focos de incêndio no país, sendo 52,1% na selva amazónica, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Este número representa um crescimento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado e constitui um recorde desde 2010.
A proliferação dos focos de incêndio na Amazónia provocou uma vaga de críticas a Bolsonaro, questionado por suas posturas favoráveis ao desenvolvimento da agropecuária e da mineração na região, inclusive em reservas indígenas e áreas protegidas.