Os 62 migrantes que continuam a bordo de um navio ao largo de Malta poderão vir a ser acolhidos em Espanha, nomeadamente em Palma de Maiorca.
Esta manhã o presidente da Câmara de Palma, Antoni Noguera, escreveu à primeira-ministra do Governo regional das Baleares, Francina Armengol, a pedir que ela autorize o desembarque naquela cidade.
O navio Aylan Kurdi continua ao largo da ilha de Malta, sem poder desembarcar os 62 migrantes que recolheu no Mediterrâneo no dia 3 de abril e que corriam risco de se afogar.
O navio, que tem o nome da criança síria que foi encontrada morta numa praia da Turquia, em 2015, é operado por uma ONG alemã, a Sea-Eye, que se dedica ao resgate de migrantes no Mediterrâneo.
Há mais de uma semana que o navio pede autorização para aportar e desembarcar os migrantes que tem a bordo, mas nenhum dos portos nas proximidades, nomeadamente em Itália ou em Malta, aceitou o pedido. O melhor que a tripulação conseguiu foi autorização para desembarcar duas mulheres com bebés pequenos, mas sem os maridos, pelo que as famílias recusaram.
Inicialmente eram 64 os migrantes a bordo, mas nos últimos dias duas mulheres foram evacuadas por razões médicas.