O FBI apreendeu esta semana documentos classificados como “top secret” nas buscas à residência do ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na propriedade de Mar-a-Lago, na Flórida.
A informação consta do mandado de busca assinado por um juiz, e que também recebeu autorização do Departamento de Justiça.
Os agentes levaram 11 conjuntos de documentos, incluindo alguns marcados como "TS/SCI", uma designação para material que poderia causar danos "excepcionalmente graves" à segurança nacional dos EUA.
Donald Trump nega ter cometido qualquer ilegalidade e garante que os documentos tinham sido desclassificados por ele próprio.
As buscas desta semana em Mar-a-Lago foram as primeiras a um ex-Presidente norte-americano no âmbito de um inquérito criminal.
A lista de documentos foi divulgada na sexta-feira, depois de um juiz ter autorizado a divulgação do mandado, um documento com sete páginas a autorizar as buscas do FBI.
Mais de 20 caixas foram levadas pelos agentes federais, na segunda-feira, da casa de Donald Trump.
O ex-Presidente tinha em Mar-a-Lago quatro conjuntos de arquivos altamente secretos, bem como três conjuntos de "documentos secretos" e três conjuntos de material "confidencial".
Um ficheiro com fotografias, uma nota manuscrita, informação sobre o Presidente francês e uma carta de perdão ao aliado Roger Stone foram outros dos documentos encontrados pelo FBI.
O jornal "The Washington Post" adiantou, na sexta-feira, que o FBI estava à procura de documentos confidenciais referentes a arsenal nuclear na posse de Donald Trump.