Os países que participaram na "conferência humanitária" sobre Gaza, organizada esta quinta-feira em Paris, comprometeram-se com uma ajuda superior a mil milhões de euros até ao final deste ano, anunciou a Presidência francesa.
"Os números relativos aos compromissos assumidos na conferência estão ainda a ser consolidados, mas é certo que a fasquia dos mil milhões de euros será ultrapassada", declarou o Eliseu.
Uma grande parte desta ajuda será utilizada para satisfazer as necessidades das Nações Unidas para ajudar a população de Gaza e da Cisjordânia, estimadas em 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,120 mil milhões de euros) até ao final de 2023.
Portugal vai contribuir com dez milhões de euros para a assistência humanitária à Faixa de Gaza, anunciou hoje em Paris o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, durante a Conferência Humanitária para a População Civil de Gaza, promovida pelo Presidente da República francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu.
"O Governo português, através do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, anunciou uma contribuição voluntária no montante total de 10 milhões de euros, para reforçar a assistência humanitária na Faixa de Gaza, apoiando os esforços do sistema das Nações Unidas e de outras organizações humanitárias presentes no terreno, designadamente o Escritório da Organização das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla inglesa), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla inglesa) e o Comité Internacional da Cruz Vermelha", segundo uma nota de imprensa da diplomacia portuguesa.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, em bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou 1.400 mortos do lado israelita e mais de 10.800 em Gaza, na sua maioria civis.