O socialista João Cravinho sugere, se for possível, a suspensão de mandato de Miguel Alves, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro.
O ex-ministro João Cravinho, que atualmente é membro da Comissão Política do PS e em 2006 propôs um "Plano Anti-Corrupção", diz à Renascença que melhor seria que Miguel Alves interrompesse as funções, até que tudo ficasse devidamente esclarecido.
“Acho que nestas situações a opinião pública está de tal maneira atenta ao assunto e, por outro lado, dadas as implicações que o assunto pode ter nas mais variadas esferas das atividade política, acho que, se houver possibilidade nos termos constitucionais, se devia fazer a suspensão do exercício de funções até que tudo estivesse devidamente enquadrado e esclarecido”, defende o antigo ministro socialista.
O primeiro-ministro deve manter a confiança num secretário de Estado que é arguido? João Cravinho diz que respeita a palavra de António Costa.
“Isso é um problema do primeiro-ministro, do seu juízo político e moral que eu respeito perfeitamente”, sublinha.
Em causa, o polémico caso que envolve o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, que terá assinado um contrato-promessa de arrendamento enquanto desempenhava as funções de presidente da Câmara de Caminha, o que implicou um adiantamento duvidoso de 300 mil euros ao futuro senhorio, sem quaisquer garantias específicas.