O presidente da IL assumiu esta quarta-feira querer "reconciliar os jovens com Portugal", comprometendo-se com melhores salários e menos impostos para que continuem no país e "não fujam" para o estrangeiro.
Na reta final da campanha para as eleições legislativas de domingo, Rui Rocha tem dirigido o seu discurso aos jovens, dizendo querer que eles fiquem em Portugal e que não deixem "uma cadeira vazia à mesa" nas casas das suas famílias.
Depois de uma visita à Qualifica 24 - Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego em Matosinhos, no distrito do Porto, ao qual dedica o de quarta-feira, o dirigente liberal insistiu na necessidade de o país se reconciliar com os jovens, considerando ser isso que está em causa no domingo.
À medida que ia abordando e sendo abordado por jovens no certame, a maioria ainda indecisa sobre o curso profissional ou universitário a escolher, Rui Rocha afirmou ser inaceitável que metade dos estudantes universitários admita ou ponha a possibilidade de sair do país.
O presidente da IL classificou ainda de inaceitável que Portugal não dê resposta aos jovens, sendo "urgente criar condições" para que fiquem no país e sejam uma mais-valia para o seu crescimento.
"Isto já não é só uma questão dos jovens, os jovens tomarão a sua posição nas próximas eleições, isto é uma questão das outras gerações. Nós, como pais e avós, temos obrigação moral de construir um país onde os jovens podem e querem ficar", frisou.
Dentro das "muitas coisas que funcionam mal em Portugal", uma das que é preciso melhorar é o ensino superior, disse Rui Rocha.
Nessa matéria há, segundo o dirigente liberal, um "problema sério" que passa pelo país não conseguir reter os jovens qualificados por não lhes dar condições, após investir na sua formação.
A prioridade da IL passa por lhes dar condições, oportunidades, melhores salários e impostos mais baixos, disse.
Com esta fórmula, a economia cresce e os jovens portugueses podem ficar em Portugal, sublinhou.
"Nós queremos um país a facilitar a vida aos jovens", frisou o dirigente liberal.
Questionado sobre o modelo de propinas atual, o presidente da IL vincou que o partido não faz nenhuma proposta de alteração do atual modelo porque não faz lhe sentido aumentar o custo da formação dos jovens que "já têm sido suficientemente punidos pela falta de oportunidades".
A visão da IL assenta na alteração das regras de funcionamento das instituições superiores com mais sucesso, mais mérito e que atraem novos estudantes. .
"A regra de funcionamento é, neste momento, desequilibrada em função do sucesso das instituições superiores", concluiu.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.